
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a investigação da Polícia Civil sobre a morte do empresário Gefferson de Moura Gomes.
O procedimento foi instaurado pelo promotor de Justiça de Santa Luzia, José Carlos Patrício, que requisitou cópia do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil.
“Vamos analisar os depoimentos, as informações e os elementos de prova que venham a embasar o inquérito, para a partir daí, ver quais medidas serão adotadas. O Ministério Público é responsável pelo controle da atividade policial e é essa atividade que estamos desenvolvendo com o objetivo de saber se os fatos estão sendo apurados de forma regular, garantindo aos familiares e à sociedade a resposta adequada sobre o que aconteceu”, disse o promotor do MPPB.
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Na tarde desta quinta-feira, 18/03 a Polícia Científica emitiu uma nota de esclarecimento informando que havia encontrado perfurações na bancada do veículo, que se assemelham à projéteis de arma de fogo.
Veja a nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em razão da citação do Instituto de Polícia Científica em várias notícias a respeito de um caso de homicídio ocorrido na noite de Terça-feira (16), em Santa Luzia, a Chefia do Núcleo de Criminalística de Patos vem esclarecer que:
Tendo sido acionada pela Delegacia de Homicídios e Entorpecentes de Patos, a equipe pericial de plantão no Nucrim realizou um exame, na mesma noite da ocorrência, em um veículo apontado como relacionado ao caso. Durante o exame, realizado na delegacia supracitada, foram encontradas perfurações na bancada do veículo, semelhantes às produzidas por projéteis expelidos por arma de fogo, além de manchas semelhantes a sangue, no interior do veículo, sobre o que o perito responsável fará suas considerações, dentro do prazo legal, através de seu laudo, que é o relato oficial do que foi observado e, portanto, a principal fonte das informações relacionadas à atuação da Perícia. Nesta nota estão informações preliminares.
O compromisso da Polícia Científica é com a prevalência da verdade, razão pela qual os peritos costumam abster-se de fornecer informações prematuras. Pronunciando-se apenas após o devido processamento de vestígios, bem como da análise por parte do perito, evitamos leviandade no tratamento de assuntos tão sérios como aqueles em que costuma ser demandada a atuação da Perícia Oficial.
Reiteramos nosso respeito e consideração à imprensa, bem como à população, a quem servimos.
Atenciosamente,
Sidkley da Costa Oliveira
Chefe do Nucrim Patos
Tio de Gefferson pede justiça
Após a repercussão do caso, amigos de Gefferson informaram afirmam que não havia pistola nem arma alguma em poder da vítima.
Em entrevista ao Blog do Jordan Bezerra, um tio do empresário, o advogado Geraldo Quirino, que convivia diariamente com o rapaz contou que era “um rapaz tranquilo, inteligente e de boa índole, um cidadão de bem.”
Ele afirmou que o empresário, que teria uma loja de automóveis em Jaguaribe, não tinha envolvimento com a criminalidade, não possuia armas e nunca usou drogas.
“Gefferson era um menino pacato, menino bacana, estudou Direito morando comigo lá em João Pessoa. Quando terminou o curso foi vender carro, comissionado, e em seguida estava atuando no meu escritório como coadjuvante, desenvolvendo as atividades com muita desenvoltura. Sem nenhuma mácula, não tinha arma, não tinha droga. Foi uma tragédia o que aconteceu”, disse o advogado.
Geraldo afirmou que é inaceitável que o crime tenha sido praticado por uma autoridade de segurança pública que, segundo ele, “invadiu outro estado sem ao menos comunicar às autoridades de segurança locais”. Ele falou que irá lutar por justiça junto aos dois estados envolvidos.
“Estamos em Cajazeiras, viemos acompanhar o sepultamento de Gefferson. Foi uma situação difícil lá em Santa Luzia. Foi um caso bárbaro de assassinado pela polícia de Sergipe. Estamos pedindo ao Estado da Paraíba uma solução. Uma execução com sete tiros. Não foi normal. Isso precisa ser explicado pelos dois estados, pois foi um crime praticado por dentro do estado”.
“A polícia de Sergipe adentrou o estado da Paraíba e veio fazer essa barbaridade aqui em nosso estado sem o conhecimento das autoridades de segurança pública da Paraíba. Então refutamos como um caso que não deve ficar impune, e temos que divulgar exaustivamente para que sejam tomadas as devidas providências”, declarou Quirino.
Laryssa Cristiny | TV Contexto
com informações do Blog do Jordan Bezerra e Patos Online
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